Ter a casa própria ainda é o sonho da maioria dos brasileiros, isto não pode ser negado. E quando se começa a vida adulta logo vem a dúvida: Casa própria: comprar ou alugar?
Tomar a decisão entre morar de aluguel ou comprar a casa própria é um dos dilemas financeiros mais comuns na vida de qualquer pessoa.
Ambas as opções têm prós e contras, mas você já considerou qual delas pode ser mais vantajosa financeiramente no longo prazo?
Adquirir um imóvel é um investimento significativo, para a maioria das pessoas, o que quase sempre leva a necessidade de contratar um financiamento, se comprometer com parcelas e pagamentos mensais por longos períodos.
Neste artigo, apresentaremos uma análise comparativa baseada em um estudo que leva em conta custos, investimentos e rendimentos, considerando as duas possibilidades: comprar ou alugar.
Prepare-se para descobrir uma perspectiva surpreendente!
O Cenário do Financiamento
Imagine que você decida comprar um imóvel avaliado em R$250.000,00. Para isso, será necessário dar uma entrada de R$50.000,00 e financiar os R$200.000,00 restantes pela Caixa Econômica Federal. Esse financiamento teria:
- Prazo: 30 anos
- Sistema: SAC (Sistema de Amortização Constante)
- Taxa de Juros: 10% ao ano + TR (Taxa Referencial)
As parcelas começariam em R$2.219,00, reduzindo gradativamente ao longo do contrato. No final dos 30 anos, o valor total pago seria de R$512.000,00, mais que o dobro do valor financiado. Além disso, você estaria comprometido financeiramente por três décadas, com menos flexibilidade para lidar com imprevistos.
A Opção do Aluguel e Investimento
Agora, considere a possibilidade de morar de aluguel. Nesse cenário, você encontraria um imóvel equivalente por R$1.250,00 ao mês, representando 0,5% do valor do imóvel.
Ao optar pelo aluguel, você poderia investir a diferença entre a parcela do financiamento (R$2.219,00) e o aluguel (R$1.250,00), ou seja, R$969,00 mensais, em uma aplicação financeira com rendimento de 0,5% ao mês.
Além disso, os R$50.000,00 que seriam usados como entrada também seriam aplicados. Com esses investimentos:
- Saldo Mensal Investido: R$969,00 por 12 anos
- Valor Inicial Investido: R$50.000,00
- Rendimento Mensal: 0,5%
Ao final de 12 anos, você teria acumulado um total de R$306.000,00. Isso seria suficiente para comprar o mesmo imóvel à vista, sem financiamentos e juros altos. Além disso, durante esses 12 anos, você poderia se beneficiar da flexibilidade do aluguel, como mudar para imóveis mais novos ou adaptados às suas necessidades.
Comparativo Após 30 Anos
Vamos agora projetar os 18 anos restantes, caso você decida continuar investindo.
Suponha que, após comprar a casa à vista no 12º ano, você comece a depositar o valor total de R$2.219,00 (equivalente à parcela do financiamento) na mesma aplicação financeira.
Com rendimentos constantes de 0,5% ao mês, ao final dos 30 anos você teria acumulado R$863.000,00.
Isso significa que, ao invés de estar apenas quitando sua casa própria, você teria um patrimônio considerável e a possibilidade de retirar uma renda mensal de R$4.315,00 (0,5% ao mês), sem comprometer o principal.
Este estudo foi feito pelo escritor Ben Zruel e apresentado no livro “Eu vou te ensinar a a ser Rico”.
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O livro aborda vários assuntos relacionados a liberdade financeira, conceito que já tratamos aqui no nosso blog.
Leia “Liberdade Financeira: Como Transformar Trabalho em Opção”
Casa própria: comprar ou alugar – Reflexão final
A decisão entre aluguel e financiamento vai além das questões emocionais.
Como vimos, morar de aluguel e investir a diferença pode ser uma estratégia financeira altamente vantajosa, especialmente para quem valoriza flexibilidade e deseja construir um futuro mais sólido.
No entanto, é importante destacar que esse plano exige disciplina rigorosa para manter os investimentos mensais.
Nem todos possuem o perfil para seguir uma estratégia tão meticulosa.
Quem tem dificuldade em controlar gastos ou poupar pode acabar não acumulando o valor necessário ao final do prazo, ficando sem o imóvel e sem o investimento.
Nesse caso, o financiamento pode ser uma opção mais segura, pois garante que a pessoa tenha um patrimônio ao longo do tempo, mesmo com custos mais altos.
Portanto, avalie seu perfil, objetivos e sua capacidade de comprometimento antes de tomar uma decisão.
Afinal, o sucesso de qualquer estratégia financeira depende, acima de tudo, da sua consistência e dedicação.
E você, o que acha? Compartilhe sua opinião nos comentários e conte como planeja sua vida financeira!